Em Babilônia, a protagonista é Camila Pitanga (Regina). Há outros treze personagens negros. Dois deles bastante importantes no enredo: a de Sheron Menezzes (Paula), que é uma advogada bem sucedida, formada pelo sistema de cotas, e o de Thiago Martins (Diogo), ator que eu não sei se se identifica como negro, mas dentro da novela é visto como tal.
Os outros são: Marcello Melo (Ivan), Virginia Rosa (Dora), Val Perré (Cristóvão), Cesar Mello (Tadeu), Sabrina Nonata (Júlia), Marysheila (Ivete), Kizi Vaz (Gabi), Juliana Alves (Valeska), Cauê Campos (Carlinhos), Viviane Porto (Cilene) e Peter Brandão (Wolnei).
São quatorze personagens, num total de cinquenta e três que a novela tem. Menos de um terço, mas muito mais do que nas novelas em geral. O padrão da maioria absoluta das novelas é de pouquíssimos negros. Amor à Vida, por exemplo, tinha quatro, nenhum deles de destaque, num universo de noventa. Apesar de personagens bem sucedidos como os de Camila Pitanga (Carol) e Lazaro Ramos (André), em Insensato Coração, a maior parte dos personagens continua associada a serviços domésticos ou à favela. Em Babilônia, quase todos moram em uma.
Taís Araújo foi a primeira atriz negra a protagonizar uma novela brasileira (Xica da Silva - 1996). Antes disso, mesmo em novela sobre escravidão, como Sinhá Moça e Escrava Isaura, a protagonista era branca, mesmo que ela própria fosse escrava. Taís Araújo foi também a primeira protagonista negra de uma novela da Globo (Da Cor do Pecado - 2004), e depois de uma das vinte e uma horas (Viver a Vida - 2009). Só ela (quatro vezes) e Camila Pitanga (três vezes) já conseguiram esse feito.
Temos falado muito sobre a representação de LGBTs nas novelas, mas não podemos esquecer que outros grupos historicamente sub-representados continuam sendo...
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