A apresentação da drag queen Layla Vougue ocorreu durante a concentração da 18ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte, neste domingo, 19 de julho. Em meio a apresentações de dança e covers de Beyoncé, Britney Spears, Anitta e Ludimilla, a transformista subiu ao palco para dublar o hino evangélico "Raridade", de Anderson Freire. Dezenas de milhares de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros assistiram com atenção à apresentação. Quando a música acabou, ela foi ovacionada. Depois da performance, procurei Layla para conversarmos. Em suas palavras:
"Creio demais em Deus. Se eu respiro, se eu como, se eu me levanto, tudo o que eu faço é graças a Ele. Ele é tudo pra mim. Quis fazer a performance porque faço parte do Levante Popular da Juventude e isso é algo que impacta. Quis mostrar que Deus também está com quem está aqui, os LGBT, e não só com quem não está. Não frequento nenhuma igreja, acho que se você está com Deus, Ele está com você. Se você não está, Ele também não está."
Em determinado momento da performace, Layla voltou para o público um espelho com um crucifixo no centro, sendo muito aplaudida. A música dizia: "Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor".
Quando a transexual Viviany fez a performance da crucificação em São Paulo, as reações de muitos cristãos me fizeram refletir. Esses religiosos não pensam que LGBTs também podem ser cristãos, eles acham que cristianismo é exclusividade de heterossexual cisgênero, e que os LGBTs são incompatíveis com a religião. Acham que se um LGBT fala sobre cristianismo, é para zombar, e não para expressar a sua fé. A performance de Layla e suas palavras deixam claro que esses cristãos estão entendendo tudo errado. A ideia é sim impactar, mas para gerar diálogo, entendimento e inclusão em relação ao cristianismo e não para zombar dele.
Quando a transexual Viviany fez a performance da crucificação em São Paulo, as reações de muitos cristãos me fizeram refletir. Esses religiosos não pensam que LGBTs também podem ser cristãos, eles acham que cristianismo é exclusividade de heterossexual cisgênero, e que os LGBTs são incompatíveis com a religião. Acham que se um LGBT fala sobre cristianismo, é para zombar, e não para expressar a sua fé. A performance de Layla e suas palavras deixam claro que esses cristãos estão entendendo tudo errado. A ideia é sim impactar, mas para gerar diálogo, entendimento e inclusão em relação ao cristianismo e não para zombar dele.
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