segunda-feira, 22 de junho de 2015

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO "VIVENDO NO FRONT"

Clique aqui para ver o trabalho em PDF.

Este é o post de nº 100 do Apontamentos Desapontados! É com alegria que eu chego a esse número no blog (depois de mais de quatro anos de existência dele) e também à conclusão da minha pesquisa de mestrado. Portanto, é muito significativo que este post seja sobre ela.

A minha dissertação de mestrado, intitulada "Vivendo no front: discursos acionados por sujeitos na fronteira entre perspectivas LGBTs e evangélicas" está disponível para visualização e download. Eis o resumo dela:

Como os sujeitos na fronteira entre perspectivas evangélicas e LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) sobre sexualidade lidam com as contradições existentes entre elas a fim de dar sentido às suas experiências e subjetividades? Através de uma etnografia multissituada, quatro grupos de Belo Horizonte foram investigados para o encontro de sujeitos nessa situação: o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos), a Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM), a Igreja Cristã Contemporânea (ICC) e a Igreja Batista da Lagoinha (IBL). Os sujeitos analisados são gays evangélicos, de igrejas inclusivas ou não, sendo alguns deles militantes LGBT. Os discursos evocados na IBL giram em torno de um “acolhimento” de sujeitos com experiências sexuais desviantes em relação à heteronormatividade, com a intenção de se promover uma “cura” dos mesmos. Os discursos presentes na ICC dizem de uma regulação das homossexualidades e transexualidades para adequá-las a um padrão similar ao da família nuclear tradicional, sendo o afastamento desse padrão relacionado ao “mundo”, que estaria em oposição à “igreja”. Os discursos em circulação na ICM apontam uma desnormatização das experiências sexuais, a fim de se buscar um afastamento do “fundamentalismo religioso” e uma defesa dos “Direitos Humanos”. Os discursos encontrados no Cellos indicam uma defesa do “Estado Laico”, que estaria sendo ameaçado pela “bancada evangélica” na Câmera Federal. Para dialogar com as teorias nativas, trago discussões teóricas sobre heteronormatividade (Prado; Junqueira), interação (Mead), conflito (Simmel), definição da situação (Thomas), discursos sociais (Bakhtin) e poder (Foucault). Durante o trabalho de campo, realizei também incursões em dezesseis outras igrejas e grupos de militância LGBT.

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