sábado, 19 de setembro de 2015

HOMOTOPIA

Como seria o mundo se a ditadura gay se tornasse real?

Romeu é filho de duas mulheres. Estela e Teresa foram obrigadas pelo Estado a se casarem e a gerarem esse jovem por meio de inseminação artificial.

Desde que o ex-deputado gay Adolf Wyllys deu um golpe de Estado com o suporte da comunidade gay e implantou a ideologia de gênero no Brasil, todos passaram a ser obrigados a se casar com pessoas do mesmo sexo. Cada casal de mulheres tem o dever de gerar pelo menos dois filhos, o primeiro a ser criado por elas e o segundo a ser adotado por um casal de homens. As mulheres podem optar por ter mais filhos depois desses, para criá-los ou entregá-los a adoção. Desde que essa lei entrou em vigor, as feministas passaram a fazer oposição ao governo, por considerarem a lei misógina, mas o partido GGG, que passou a ser o único, tem conseguido silenciá-las.

Só que as mães de Romeu são cristãs, e sabem o que é certo. Por mais que o cristianismo tenha sido proibido, e a Igreja da Beyoncé tenha se tornado a religião oficial do país, algumas pessoas permanecem cristãs na ilegalidade. Também o “heterossexualismo” é considerado crime no Brasil. Desde a implementação do regime, milhões de brasileiros têm sido obrigados a reprimir seus desejos heterossexuais e a viver uma vida de pecado. Mas muitos cristãos resistem, vivendo na castidade com suas esposas e esposos, e até mesmo encontrando maneiras de viver relacionamentos heterossexuais na clandestinidade.

Recentemente, Romeu passou dois meses numa instituição socioeducativa por iniciar uma campanha em uma rede social a favor da liberação de beijos héteros nas telenovelas. Ele é apaixonado por Julieta, uma colega de escola. Os dois têm dezesseis anos de idade. Eles planejam se casar com a benção de Teresa, que é a biológica de Romeu e pastora em cultos que ocorrem sob a fachada de serem surubas, para que o Estado não desconfie.

Romeu e Julieta planejam se casar perante o Estado com outros irmãos de fé, que também desejam se casar um com o outro na igreja, para que possam viver sua sexualidade de forma santificada. O plano deles é que cada mulher seja inseminada com o sêmen de seu respectivo marido em Cristo. Apesar de a identidade dos pais biológicos ser oculta pelo Estado, um dos fiéis da mãe de Romeu trabalha em um centro de inseminação e prometeu ajudá-los a burlar o sistema opressor que os impede de viver em santidade.

Imagem retirada do BuzzFeed, que a creditou da seguinte maneira: "Via Twitter: @amandaseixas".

terça-feira, 1 de setembro de 2015

SOBRE O PRIMEIRO CAPÍTULO DE A REGRA DO JOGO

A Regra do Jogo definitivamente não decepcionou.

1. Melhor primeiro episódio.

2. Se fosse série do Netflix, eu veria os duzentos e cinquenta episódios que vai ter (porque com certeza vai ser prolongada) de uma vez só.

3. Eu elogiei Babilônia pela questão social e tal, mas, véi, quem é uma Babilônia na fila do pão perto de uma novela que com um capítulo consegue ter mais roteiro do que a outra inteira.

4. O comendador me fez ir do amor incondicional ao ódio eterno.

5. Giovanna Antonelli P.E.R.F.E.I.T.A: estilo "a loka", com risada e bordão ("nunca pensei") contagiantes.

6. Mocinha ótima.

7. Ele fez o drama dos parentescos, de Avenida, e o de mocinhx virando vilx, de A Favorita, que demoraram meses pra acontecer nas outras novelas, tudo num episódio só.

8. Roteiro muito bom. Eu fiquei tão agoniado com o sequestro que não tava cabendo no sofá.

9. Texto muito bom. Quase chorei com o comendador defendendo o moço.

10. Rosa Chiclete é o primeiro mocinho de novela que tou odiando por ser babaca e não por ser sonso.

Palpite: JEC vai continuar eclodindo o maniqueísmo por dentro, e o comendador pode conseguir dar um passo à frente em relação à Carminha nesse sentido. Ainda não sei como isso vai acontecer, mas o teaser (comendador de blusa preta e calça branca) e a abertura (peão reconstruído com partes pretas brancas) dão a entender que a intenção do JEC é essa. E a Tóia e a Atena parecem ter papel central nisso.